segunda-feira, 29 de setembro de 2008
fita-se.
seria certo que houvessem flores murchas. afinal a primavera foi-se e levou com ela as nuvens e a chuva, que caíam, levemente, sobre o meu jardim. tenho guardado comigo, um amuleto, uma rosa vermelha. estou afônico, com um símbolo em meu peito, não era preciso palavras, a rosa dizia por si só. eu não sei mentir, eu não sei disfarçar, apenas a rosa sabe dizer. quando o vermelho desbota, o cor-de-rosa vem à tona, cada cor tem sua hora, seu tom. é como o sentimento na alma humana, conforme um se atrofia, outro toma seu lugar. quando cores e sentimentos se mesclam, o nome do ser humano passa a ser apenas: humano. não mais: ser humano. porque a partir deste momento ele encontra o seu eu interior, encontra como se algo o fizesse ver o tudo de uma maneira sombria mas esclarecedora. e mesmo que a rosa murche, eu te amo. (?) lembra que ela exprime o que eu sinto, o que eu quero dizer mas não posso? O vermelho do amor. sim, a partir do rosa, quando a rosa não é mais vermelha, a amizade eterna se esplandece, ou seja, vive em cada um para sempre. não há como não tê-la sua amizade, ela faz parte do meu jardim interno. sem ele não posso existir, não posso escrever e muito menos posso saber que vivo, nesse mundo de blefes.