quinta-feira, 30 de outubro de 2008

faz de conta.

eu tenho os meus segredos e planos, secretos.
só abro pra você, mais ninguém.
por que você me esquece e some?









*quando a gente gosta é claro que a gente cuida.

conto: inferioridade.

é, uma vida. um tempo bom, passageiro, inconstante e misterioso. histórias a flor da pele. cai, profundamente, em um mundo fantástico, a base de sonhos monótonos e com rápidos “flashs” de imagens estranhas. me levantei em uma floresta de folhas, sem madeira alguma. folhas e flores brancas e negras com espinhos sem ponta. ouvia-se um grito do centro da floresta. era o uivo, ameno, de cegonhas parteiras que ficavam constantemente reproduzindo animais e mais animais de várias espécies, que completavam "o santuário" com habitantes estranhos. quando coloquei meu pé direito em território hostil, as cores mudaram de cor. o vento ficou verde e me coração ficou disparado como o galope de um cavalo manco. neste lugar voar fica fácil. sentei sobre uma pedra e lá fiquei. pensando, pensando, sendo. levantei-me e andei até achar um pequeno labirinto de galhos molhados e cortantes. vi algumas pessoas correndo, desesperadamente, por entre os galhos do labirinto. a dó me veio à tona. sofri, mas não queria no momento abandonar aquele mundo. uma placa ao lado, coberta por lodo, dizia a solução do enigma. estava escrito em poucas palavras o essencial. "o mago revolta-se. a dor é a sua mais profunda diversão." aquilo, de certo modo, me machucou. como uma faca que rasga o fígado de um boi em sua morte. eu, involuntariamente, sangrei por dentro. e, por fora, lágrimas escorreram e escorriam cheias de água salgada. cheias de sonhos falhos. o sonho tinha acabado e eu não podia ajudá-los. eu vi naturalmente o sofrimento dos indivíduos e lembrava-me do quanto havia sofrido, quando criança. em uma causa diferente, mas quase na mesma dor e em total intensidade. a dor é uma serra pronta para matar. vi algumas fadas voando, por entre as folhas que me cercavam. elas eram do tamanho de alfinetes. suas roupas límpidas e cheias de brilho iluminavam seu caminho. fui correndo ao encontro das "deusas do lugar" e pedi-lhes ajuda. com uma voz de medo apenas ouvi a resposta: "não podemos ajudar. o mago acabaria conosco se nos visse fazendo algo assim." eu queria saber quem era o crápula e queria, sim, destruí-lo para que as pessoas fossem salvas e o medo fosse extinto entre aqueles habitantes. as fadas, discretamente, me levaram até um baú antigo e cheio de fissuras. onde diziam ter um grande poder. uma grande arma. a sabedoria do mundo. com aquilo eu poderia acabar com o tal vago, que nem a face eu conhecia. o meu tempo estava acabando. eu não sabia o quanto eles, que estavam no labirinto, iriam agüentar. abri a caixa. quando o brilho cegou-me por segundos. e, quando dei por mim, aqui estava no meu quarto. cercado por bichos de pelúcia e algumas almofadas roxas. queria, então, entender o que realmente havia ocorrido. mas meu pensamento juntado ao medo que eu sentia no momento não me permitiam. acho que a força do mago estaria acima da força que eu dominava. acima dos céus quem sabe. aquilo ficou, por uma semana, em minha memória dilatando meu cérebro. estava confuso, mas não havia em quem confiar. um sonho nunca havia sido tão real, ou melhor, sobrenatural. por fim, pude notar a tão estimada diferença entre a realidade e o outro lado. quero continuar sonhando. quero continuar vivendo e sendo, como de costume, quem apresento ser. essa máscara. pena que ainda não sei diferenciar ainda, as coisas. minha sensibilidade de criança me faz pensar e voar com asas no pé. asas sem penas. porque essas eu uso em minha coroa. é fácil ser diferente, basta acreditar no diferente.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

balanço.


a flor floresce ao dia.
e aqueles poetas que brincam com a dor e a lembrança.
viajam na noite e na imagem da tarde.
na pureza dos cristais.
quebrados e rachados.
como alguns corações apaixonados.
como a saudade.
viva, na eternidade.

acabou e, renasceu.

ontem eu estava mal. queria abrir as janelas e, por fim, pular para um precipício sem fim. tudo parecia dar errado. típico de quando acontece algo ruim, tudo em volta parece estar ruim também. acho que havia adiado uma coisa, inevitável, por muito tempo. mas, eu apenas fiz o que as pessoas geralmente fazem. fechei os olhos e disse: "não quero acreditar que acabou". bom, agora, realmente, acabou tudo. e isso, ao contrário do que eu achava, me fez bem. a tal esperança que eu tanto prezo me fazia mal. hoje, pelo menos, estou em paz. bom, cada um de nós agora segue seu caminho, sem amizade e todos os outros sentimentos que existiam. ouvi algo tão belo de uma pessoa ontem. um amigo, que sempre esteve ao meu lado disse um poema sobre separação. aquilo me encheu de forças. e, de certo modo, me tirou do "fundo do poço". mas, enfim, a vida continua, não é mesmo? grandes desilusões acontecem. achamos que as pessoas são grandiosas e insubstituíveis. mas depois de um tempo, notamos que são apenas corpos com formas e cores diferentes. acredito que o fim, é a abertura para um novo começo. agora estou preenchido de alegria. tenho tudo o que precisava e apenas não via. lembranças são sanadas, ou melhor foram. será que chegar a um lugar vale isso? mas o que realmente vale a pena se não arriscarmos. o azul, hoje, tem outro tom. um tom meio pastel que fica cobrindo o céu e, me convidando para voar e sentir a pressão das nuvens doces, relando em meu âmago. (chega de viajar, a escola me espera) é tão sutil e tentador misturar a realidade com um pouco de ficção. às vezes chego a me perder. mas será que perder-se não é um caminho? ah se os problemas fossem a solução do meu modo de ser.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

cheiro de tinta fresca.

estou tão empolgado. mas, claro, não deveria. o meu interior se contenta com tão pouco que chega a sonhar enquanto se está acordado. as desilusões pouco importam agora no começo, porém, o sofrimento no final é maior, bem maior. é quando eu me pergunto: "..." (ah, sem crises existenciais por hoje, vamos curtir a vida. e se der errado, pelo menos eu tentei). eu quero o tal calor falado. o tal nome dito que foi prometido, confidente e insano. o arco-íris volta a aparecer, cidadãos da rua. como a noite de chuva, sem gotas d'água. fina flor de novas sensações e de desculpa para queridos. novos programas, novas cores. enfim, a televisão foi renovada. e a alma? ah, ela também.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

quantas boas ações você já fez hoje?

ninguém se preocupa com a vida dos outros, de certo modo. com o sofrimento, agonia quero dizer. a não ser, com os assuntos que pouco lhes deveriam interessar. do tipo, a nova "fofoquinha". quem está beijando quem. quem anda perdendo a tão banalizada, amiga, virgindade. a festa da semana que vem, com os melhores artistas da região. coisas fúteis. sem sentido, sem graça, sem coração. queria poder contar quantas pessoas estão, sim, interessadas em plantar árvores e cuidar de pessoas, voluntariamente, em hospitais. hoje, "os doutores da alegria" são poucos. muitos são os corruptos. as pessoas sem dignidade e que pensam em justiça forçada. mas qual é a tal "justiça" certa? será que somos bons o suficiente para julgarmos o próximo. bons para dizermos: "ah, ele matou meu amigo, ele deve morrer". todo mundo comete erros. o que diferencia é a gravidade. jogar lixo no chão deveria ser um crime. e nem por isso acredito que alguém deveria morrer por isso. o tão velho ditado: "senta no próprio rabo para falar dos outros". deveria ser analisado sempre. e se fosse você naquele lugar? o sonho de alguns pode ser a morte de outros tantos. seja consciente. eu, como disse a alguns "post's" eu estou em meio a tudo isso. acho que parte disto saiu pela cena que vi hoje, voltando da escola. uma velhinha sendo levada por um jovem, apenas não sei qual a intimidade entre os dois. mas ele a conduzindo de forma que ela mostrava um sorriso estampado no rosto. acho que isso me deu vontade de pular de alegria. quantas boas ações você já fez hoje?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

primavera quer entrar.

a felicidade fica aqui. aqui comigo, nessa longa estrada. tristeza eu não quero mais. quero dançar e pular. viajar em uma música jamais vista. quero alguns lápis e, prometo que vou mostrar a felicidade. mas dessa vez não é para você, e sim para o mundo.

sábado, 11 de outubro de 2008

e o amor, cadê?

me privo de sentimentos demais, às vezes quando os solto eles saem como ferozes leões em busca de comida. e, quando voltam, a solidão se inicia. o peso na consciência, o peso da luz, da sombra. os sentimentos afloram a gente, querendo ou não. o que tem que ser, será. enfim, de quem a gente vai gostar?

vegetais.

o mundo em que vivemos me dá nojo, me dá ânsia. eu sangro. você sangra. às vezes não se percebe, porque é uma coisa contínua. há, uma aceitação por não poder-se fazer nada(ou por não se querer fazer algo). pense mais nos outros, pense mais em você, pense na vida, como se o tempo fosse uma bala, que você pudesse atirar para qualquer direção, mas não pudesse contê-la mais tarde. seja humano, não mais apenas: ser humano. o mundo precisa de mais gente. mais gente consciente. afinal, vivemos nesse planeta, nessa terra querida. e, o que faremos sem ele e ela?

domingo, 5 de outubro de 2008

nada: é um sutil tudo.

eu quero novos ares, curtir a vida e finalizar os sonhos que foram planejados a alguns anos. começar um sonho que agora vai se desprendendo e, novamente, fluindo para uma forma nova. segredos não há. nada: é um sutil tudo.