quarta-feira, 27 de agosto de 2008

duas pessoas andando, conversando e trocando olhares.

- tá tão apreensivo, tá pensando em que?

(na vontade de chorar e de sair correndo. isso me impacienta de uma tal maneira que, olhando para você eu me perco em um abismo sem volta. nada mais me tira do sério, nada mais. me acostumei com a frieza do mundo. me acostumei com a sua frieza(não, isso é mentira!). a falta de sentimentos que corrói a existência de outros tantos sentimentos. tantas idéias que poderiam ser exploradas. quantos "não" você poderia ter trocado por um simples "sim". às vezes pensar só em você, resume o seu isolamento. eu queria te ajudar, como sempre quis. queria que você ficasse do meu lado, queria mesmo. não sabe o que eu daria por um momento assim. não sabe o que passa pela minha linha de pensamentos todos os dias. será que eu sou tão complicado, tímido ou inconseqüente, assim? acho um risco me expôr, pensando tanto sobre nós. mas, afinal, eu tenho certeza que a gente, um dia, vai se encontrar em qualquer esquina. e nesse dia, iremos falar: "ah, velhos tempos. as coisas poderiam ter sido diferentes." e eu vou falar(com um rosto risonho e triste ao mesmo tempo, vendo um filme passando pela minha consciência de todos os momentos belos e tristes que passamos juntos): "pois é, mas acho que seja tarde para lembramos disso. já são quase 00:00, amanhã tenho que trabalhar, não tenho mais tanto tempo para o passado." eu não vou me arriscar tanto, como faço agora, ou melhor não irei querer sofrer, como sofro nesse momento. talvez lá eu tenha adquirido a tão falada maturidade emocional. e quem saiba lá, eu já seja feliz.

- ah, em nada. é bobeira minha.