domingo, 23 de novembro de 2008

o sufoco.



"às vezes se perder. sem ter porque, sem ter razão."
o coração sai atirando flechas de ouro maciço, como rosas vermelhas
o vermelho fala da cor, do amor, da esperança e do sonho de velhas
velhas tantas fontes de pensamento.
detesto a saudade, ela me deixa fixo em um lugar
deixa-me inquieto e, como fico asfixiado, prefiro não senti-la
mas algo a gente tem que amar. e sentir saudade.
ah, dessa vez vai ser de você. é pontudo
nem dói tanto, o que dói é não te ver.

o que dói, na verdade, é o sorriso manso e falso da sua ausência.

the blower's daughter.

"e então é isso,
como você falou que deveria ser
nós dois esqueceremos a brisa"

é difícil admitir,

mas eu sinto sua falta.

sábado, 22 de novembro de 2008

e se simplesmente for sentir, não sinta.

ah, acredito que nunca mais vou duvidar do conselho de alguma amiga. ontem, a turma toda estava reunida. bebida, dança, e tudo mais faziam parte da nossa diversão. por incrível que pareça, eu não bebi. depois de terminado todo, o grandioso espetáculo, fomos para uma praça. sempre pacata, aonde sempre vamos para jogar algo ou procurar, insistentemente, algum motivo para uma felicidade. qualquer uma. chegando lá, ficamos meio deslocados. alguns amigos e amigas foram embora, seguir seu rumo, vagar por outros cantos mais vantajosos no momento. sabe, a conversa era sutil. porém, o clima, com o passar dos minutos, começou a ficar pesado e uma nuvem negra, cheia de teias de aranha foi descendo. ou melhor, tecendo. aquilo poderia, sim, ser motivo para acabar com a minha noite. mas acho que se eu corresse teria feito alguma loucura, de tão desconcertado que me encontrava. uma hora ou outra temos que aprender a lidar com isso. coisas que acontecem sem ao menos nós esperarmos. o clima da nuvem negra era bom. agradável aos seus integrantes. e eu não me importava com isso. afinal, eles no canto deles e eu no meu! com o tempo a madrugada foi entrelaçando mais seus integrantes. eu queria ir embora. queria voar dali, mas não podia. concordamos em ir. eu e mais duas amigas. chegamos a casa e em pouco tempo dormi. acredito que a minha pele seja grossa demais. porque eu me libertei do veneno e agora ele não me contamina mais. (todo mundo podia pensar assim. e, sabe, ir melhorando aos poucos. pouco a pouco a cada dia. esse é o sentido do amor entre pessoas.) e o meu dia foi assim, levemente, gaseificado.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

eu te queria tanto:

me perdi no seu infinito particular. me perdi no seu livro de estórias. cai nesse abismo e não tenho ajuda para subir. é como a vontade, doce e tentadora, de um alcoólatra que tenta largar a bebida, mas não consegui. ela o chama. exatamente como o seu amor faz.

cheiro de rosas.

porque eu sou feito para o amor, da cabeça aos pés.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ser.

queria escrevê-lo, um poema, em sintonia com o balanço do mar. como a brisa do vento, o som e a intensidade. queria poder falar da realidade tão bem, quanto penso. não queria ficar confuso como estou. como ando, como sento.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

frase: pequena nas palavras e grande no sentido.

quero por fim dizer: "estou feliz, por viver".

sábado, 8 de novembro de 2008

notas de um observador.

existem tantas saídas. ou melhor, as pessoas conversam sobre vários métodos de solucionar problemas. mas, apenas eu, não os encontro. apenas eu. só eu.

sábado, 1 de novembro de 2008

clarice *-*

...faz de conta que ela não estava chorando por dentro - pois agora mansamente - embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver.